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quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Eleição, eleição...

Ontem o governador de São Paulo, José Serra, deu uma longa entrevista à rádio Jovem Pan e, claro, falou sobre a pesquisa CNT/Sensus sobre as intenções de voto à presidência. Ele negou que tenha caído nas pesquisas e justificou que não se pode comparar estudos com cenários diferentes - há um ano, o deputado Ciro Gomes e a senadora Marina Silva ainda não apareciam nas pesquisas.

Veja só os números do estudo mais recente:

No primeiro cenário, tiveram votação expressiva José Serra (PSDB), Dilma Rousseff (PT), Ciro Gomes (PSB) e Marina Silva (PV).

JS - 31,8%
DR - 21,7%
CG - 17,5%
MS - 5,9%

No segundo cenário, sem Ciro Gomes, a eleição ficaria assim:

JS - 40,5%
DR - 23,5%
MS - 8,1%

No terceiro cenário, o candidato do PSDB seria Aécio Neves e o resultado foi o seguinte:

CG - 25%
DR - 21,3%
AN - 14,7%
MS - 7,3%

Serra se manteve na liderança, mas, Dilma vem crescendo bastante, afinal, como disse o comentarista Fernando Rodrigues, da Jovem Pan, há um ano a ministra ainda tinha menos de 10% das votações, mas agora já tem mais  de 20% do eleitorado.

Quem também merece destaque é Ciro Gomes, desafeto do governador de São Paulo. Ciro, que ainda tem futuro indefinido na política, mostra que é uma boa opção para Lula derrotar novamente o PSDB. O deputado ainda não sabe se concorrerá à presidência ou ao Governo de São Paulo, mas uma coisa é certa: ele tem potencial para causar um grande estrago no ninho dos tucanos, principalmente na "casinha" de Serra.

Porém, as pesquisas servem mesmo é para avaliar o potencial dos candidatos, especular alianças e parcerias, mas não são garantia de sucesso do candidato "a" ou "b", principalmente quando os concorrentes ainda não definiram se concorrerão a determinado cargo, nesse caso, à presidência.

Se no ano passado a vitória de Serra em 2010 era algo certo, hoje o cenário já mudou. Isso mesmo antes de (oficialmente) começarem as campanhas eleitorais, já com os candidatos definidos.

E o PSDB que abra bem os olhos para não repetir os erros nas eleições de 2002 e 2006, quando nadou contra a maré e naufragou na disputa pela presidência sem oferecer muita resistência. Ao PT cabe transformar uma anônima em uma candidata poderosa, status que Dilma ainda está muito longe de conquistar.

E você, eleitor, não se deixe enganar com propagandas de obras maravilhosas, promessas de feitos mirabolantes e construções revolucionárias. Pesquise e não acredite em tudo o que eles prometem. Seja cidadão, vote consciente e cobre resultados!