Mais uma vez, em 2009, a cidade de São Paulo parou por causa de uma chuva no oitava dia do mês, coincidentemente, uma terça-feira. No dia 8 de setembro veio a primeira dose do temporal. No dia 8 de dezembro veio a segunda parte.
O resultado: várias mortes, deslizamentos, casas soterradas, carros debaixo d'água, pessoas nadando para atravessar uma rua e muito lixando boiando pela cidade. O problema sempre está na cara das pessoas, mas elas insistem em sentar em cima do rabo para criticar o defeito dos outros e transferir a responsabilidade do problema.
Governo do Estado e Prefeitura podem fazer mais? Devem! Medidas são necessárias com urgência. É necessário parar de impermeabilizar o solo, limpar os rios, pensar em mais políticas públicas que priorizem o meio ambiente, reciclar mais lixo... Deve haver uma fiscalização maior nas moradias irregulares, fazer uma blitz, interditar esses imóveis e transferir as famílias para lugares adequados para morar. É preciso mais investimento em saneamento (coleta e tratamento de esgoto, por exemplo).
Mas, essas medidas não vão ter nenhum efeito se a população (não só de São Paulo, mas de todo o mundo) não parar de poluir a cidade. Quando se vê lixo boiando nas águas das enchentes, fica claro o desrespeito e falta de educação/preocupação que a população tem com a cidade.
Não há preocupação em não poluir. As pessoas jogam o lixo nas ruas e depois reclamam que a casa inundou. Oras, e esperava o quê? Ao invés de se revoltar com o prefeito, governador ou presidente, deveria é ficar com vergonha na cara por ser um dos responsáveis por isso. Só está colhendo o que plantou.
As autoridades falham, e muito, quando o assunto é limpeza da cidade. Basta ver o investimento no setor e comparar com qualquer outra área. É lamentável. Cuidar do Meio Ambiente, da limpeza da cidade, deveria ser prioridade de qualquer administração, mas até hoje não vi nenhum político tão preocupado com isso e, pior, nunca vi ninguém ganhar uma eleição propondo manter a cidade limpa. Boa parte da população ainda não vota em quem prioriza o desenvolvimento sustentável.
Da próxima vez que ocorrer uma enchente, lembre-se da garrafinha que você jogou no chão, ou do papel, da embalagem que você não jogou no lixo, mas sim na calçada, e tenha certeza: você também é responsável por essa tragédia.
Mas, não se esqueça: na próxima inundação, você pode estar no meio da água imunda.
Seja um cidadão. Exija seus direitos. Cobre dos políticos. Faça sua parte.
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