Morreu nesta quarta-feira o humorista Glauco. Mais um crime que assusta pela violência, já que Glauco e o filho foram assassinados em frente à mulher e a filha do humorista. De acordo com a imprensa, os criminosos aparentavam estar drogados e até agora ninguém foi preso. Ainda há outras versões sendo apuradas, mas acredita-se que a casa de Glauco tenha sido invadida.
Fico revoltado pensando como será, de agora em diante, para as duas que viram Glauco e o filho serem mortos. Não é só a sensação de impunidade, mas também de insegurança, injustiça, medo e, mais do que isso, elas terão que conviver para sempre com as imagens de entes queridos sendo assassinados.
Elas terão que lutar contra uma mancha indelével.
Enquanto isso, os canalhas estarão a solta, ou, no máximo, atrás das grades, tendo lições sobre como realizar os crimes com mais eficiência. E ainda sob escolta de organizações que protegem os "pobres" detentos, coitados, vítimas de uma sociedade tirana que quer castrar todos as liberdades deles.
Oras, a morte não é o fim de todas as liberdades?
Por isso, a cada notícia como essa, fico com uma sensação ainda maior de impunidade, insegurança e injustiça. Os bandidos estão em todas as partes, atacam quem, como, onde e quando quiserem.
A Polícia precisa ser repensada, já está mais do que claro que o sistema atual é um grande fracasso. Não adianta ter viaturas paradas na Base esperando a ligação de uma vítima. É preciso agir para coibir a violência. É preciso ser mais rápido que os criminosos. A Polícia não serve só para investigar os crimes, ou ao menos não deveria, pois hoje parece que só serve para isso.
Os policiais precisam estar patrulhando constantemente, sempre em movimento. E não adianta uma viatura para cuidar de um bairro inteiro. É pouco. É preciso investir mais na Segurança Pública. É preciso um policiamento realmente ostensivo. Os criminosos precisam saber que se fizerem alguma coisa errada, as chances de escaparem são minímas.
Mas hoje em dia, os detentos somos nós, que temos que colocar grades nas janelas, travas nas portas, cachorros nos quintais, câmeras de vigilância, além de blindar os carros, contratar seguranças particulares... Nós é que vivemos numa cadeia, pois nós é que temos que nos preocupar com o horário de sair e de voltar. Nós é que temos que saber bem por onde andamos, pois se não, não voltamos para casa.
Enquanto nada muda, vivemos a rotina de presidiários, vendo o sol atrás das grades.
Um comentário:
No inicio do texto, você citou que ele era humorista. Não seria cartunista?
Mesmo que as charges continham humor, vale informar a correta informação.
Alexandre
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